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Livro apresenta as bases da Psicologia do Self de Kohut

Em Heinz Kohut e a Psicologia Psicanalítica do Self, o psiquiatra e psicanalista Allen M. Siegel realiza um mergulho cuidadoso e acessível no pensamento de um dos mais influentes — e controversos — nomes da psicanálise do século XX. Publicada no Brasil pela ABEPPS em coedição com a Expressão Editorial, a obra é um guia introdutório e ao mesmo tempo profundo para quem deseja compreender as bases da Psicologia do Self formulada por Heinz Kohut.


O livro apresenta, com clareza e densidade teórica, a trajetória intelectual de Kohut, desde sua ruptura com a ortodoxia freudiana — centrada na teoria das pulsões — até a construção de uma psicanálise voltada para as necessidades do self em desenvolvimento. Siegel resgata o contexto histórico e institucional em que Kohut atuou, revelando também os embates com o establishment psicanalítico da época, especialmente através do capítulo introdutório assinado por Ernest Wolf, amigo próximo do autor austríaco.


A originalidade do pensamento kohutiano está na ideia de que a saúde psíquica está diretamente ligada à presença, desde os primeiros anos de vida, de “self-objetos” — figuras capazes de oferecer espelhamento, idealização e continuidade emocional. Kohut propõe que falhas nesse processo levam ao surgimento de patologias narcísicas, e que a cura se dá por meio da experiência emocional corretiva, especialmente no vínculo terapêutico. É nesse ponto que a noção de empatia ganha papel central: não como mero afeto, mas como ferramenta técnica essencial para a escuta clínica.


Para saber mais sobre o livro, acesse o link abaixo:


Siegel explica como Kohut concebeu esses conceitos a partir da prática clínica, observando que pacientes narcisistas — muitas vezes considerados "difíceis" dentro da teoria clássica — respondiam positivamente quando suas experiências subjetivas eram validadas e compreendidas com empatia. Ao oferecer uma nova forma de ver o narcisismo, não como falha moral, mas como expressão de uma estrutura psíquica fragilizada, Kohut abriu caminhos para uma psicanálise mais humanizada.


O mérito de Allen M. Siegel está em transformar essa teoria sofisticada em uma narrativa fluida e envolvente, sem perder o rigor conceitual. O livro não apenas apresenta os principais postulados da Psicologia do Self — como as transferências self-objeto, o desenvolvimento do narcisismo e o papel do ambiente na formação do self —, como também contextualiza a figura de Kohut enquanto pensador e clínico apaixonado por sua causa.


Com 272 páginas, capa dura e uma diagramação confortável, a obra é uma leitura indispensável tanto para estudantes de psicanálise quanto para profissionais da saúde mental que buscam compreender a relevância das relações precoces e da empatia no processo terapêutico.


Em síntese, Heinz Kohut e a Psicologia Psicanalítica do Self não é apenas uma apresentação de uma teoria: é um convite à escuta mais sensível, ao reconhecimento da vulnerabilidade humana e à valorização da presença como ferramenta de cura. Um livro que honra o legado de Kohut e atualiza sua importância em tempos de crescente busca por acolhimento e autenticidade.

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